o problema da menina de 12 anos da gafanha da nazaré, que sofre de leucemia e procura um dador compatível para um transplante de medula, não deixou indiferentes centenas de pessoas, que ontem se deslocaram de vários pontos do distrito à Igreja da Gafanha, para doarem sangue.
com efeito, foram cerca de 600 as pessoas que fizeram questão de tentar ajudar a Läetitia, nomeadamente, dezenas de casais de namorados que quiseram marcar este dia com um verdadeiro gesto de amor.
Miguel André, o pai da menina, acreditava que a forte divulgação, realizada tanto através da Internet, como dos vários órgãos de comunicação locais, trouxesse muita gente a esta recolha de sangue, mas confessa nunca ter imaginado que alcançasse este número. “conhecemos muita gente, e pedimos que reencaminhassem e-mails, e cada pessoa divulgou a iniciativa à sua maneira; também o facto de se tratar de uma criança também terá ajudado muito”. Miguel André espera que esta recolha surta um efeito positivo, agradecendo a todos os que ali se deslocaram, “mesmo aqueles que não nos conhecem”.
Sofia Varandas, de esgueira, foi uma das pessoas que soube da recolha por e-mail. “já tinha pensado em dar sangue, e inclusivamente já me tinha informado sobre os procedimentos”, explica, referindo que ontem se deslocou à gafanha da nazaré, “porque surgiu a oportunidade; não conheço a menina, nem os pais, mas senti que era um gesto que devia ter, ainda por cima neste dia especial”.
“ninguém está livre de vir a precisar”
ontem foi um dos dias em que a menina teve que se deslocar a coimbra, para as habituais consultas de acompanhamento do seu estado de saúde. de acordo com o pai, “ela ressente tudo isto do fundo do coração e agradece à maneira dela”. “ela está bem, é uma criança muito viva”, remata.
Maria Fátima Pires, assistente social do centro de histocompatibilidade do centro, explica que “as pessoas costumam mobilizar-se e ser receptivas, mas nestas situações que envolvem crianças, nota-se que ficam mais sensibilizadas; além de que, tratando-se de um meio pequeno, em que toda a gente se conhece, essa adesão é ainda maior, o que não se vê nas grandes cidades”.
“as pessoas são geneticamente muito diferentes, pelo que é da maior importância criar um banco de dadores, porque, quantos mais, mais probabilidades existem de se vir a encontrar um dador compatível”, sustenta a técnica, acrescentando que, “se não houver nenhum familiar compatível, é preciso fazer uma procura a nível nacional, cujas inscrições ficam integradas num banco mundial”. “ninguém está livre de vir a precisar”, alerta. “”
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não há crise maior do que ter um cancro. as idas a coimbra sei-as (soube) malditas.
não houve “recessão” na espantosa adesão regional de dadores e que “amorosos”!
valha-nos o vício dos megabytes, os jornais e os blogs, neste sentido até chegar ao “dador da vida da Läetitia”!
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